terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Como ter horta orgânica em casa – É fácil e não precisa de muito espaço!


“Ter plantas em casa é um privilégio”, dizia minha avó.
E é mesmo, especialmente nestes tempos de muitos prédios e pouco verde!
As plantinhas renovam o ar, tiram o estresse, alegram a casa, podem curar algumas doenças e, além de tudo, deixam o ambiente mais bonito.
No nosso caso, que moramos em cidade grande, a necessidade de cultivar plantas orgânicas em casa é essencial para o bem-estar.
E você também pode fazer isso e dar sua contribuição para o crescimento da agricultura orgânica urbana.
Como?
Primeiro, encontre um lugar adequado para que suas plantas possam crescer – jarros muito pequenos podem atrofiar as raízes grandes.
São boas opções para plantar pneus, vasos,  latas  de achocolatado, caixinha de  leite, garrafas PET…
É importante que o recipiente tenha aberturas embaixo para que o excesso de água possa sair.
Mas, como foi dito antes, é preciso bom senso: raízes profundas devem ficar em recipientes altos.
O segundo passo e também de extrema importância é garantir a luz solar por pelo menos 4 horas ( ou grande luminosidade), mas lembre-se: não é bom que elas fiquem expostas ao sol e a ventos fortes o dia inteiro.
Agora é a hora de escolher o tipo de planta.
É como criar peixes, a gente não pode misturar todas as espécies no mesmo aquário.
É preciso respeitar as exigências naturais de cada uma.
Algumas plantas gostam do solo mais seco, por exemplo, o alecrim.
Enquanto outras, como a salsinha, preferem o solo mais úmido.
Você pode aproveitar as plantas mais altas para fazerem sombra às menores.
(*Veja como combinar as plantas de sua horta clicando em link no fim desta reportagem.)
Algumas pessoas preferem plantar em caixotes de madeira.
Pode ser!
Mas, como eles escoam água com muita facilidade, é bom que se coloque um pano embaixo, como TNT, saco de batata ou manta bidim fina.
Para reforçar a saída adequada da água, devemos preencher 10% do vaso com uma camada de argila, tijolos ou britas , antes de colocar o adubo.
A segunda camada deve ser composta de areia de água doce, para que a terra não fique compactada demais.
A areia do mar não é recomendada porque o sal impediria o crescimento das ervas.
A última camada deve ter a mistura de terra argilosa, areia e húmus orgânico –  a média é de 1/3 para cada ingrediente, mas isso varia para cada tipo de planta.
Espécies de regiões secas preferem mais areia, já as de regiões úmidas gostam de mais argila.
Não use adubos químicos, prefira sempre cultivo orgânico.
Pronto!
Agora você já tem o solo preparado e a muda de planta, que geralmente vem naqueles saquinhos pretos.
Retire a plantinha do saco e separe a raiz da terra que vem com ela, com muito cuidado.
Cave um pouco, deixando espaço para a raiz respirar.
Coloque a planta e cubra com a mistura da terra.
Em seguida, coloque algumas folhas por cima, que são matérias orgânicas e muito importantes, pois vão permitir que os nutrientes permaneçam.
Nem sempre compramos mudas e podemos também utilizar a técnica de estaquias, principalmente quando queremos plantar ervas e temperos como cebolinha, salsa, coentro, capim cidreira…
O método é bastante comum e consiste no plantio de um ramo ou folha da planta, desenvolvendo uma nova planta a partir do enraizamento delas.
Quando for utilizar esse método é importante retirar quase todas as folhas do ramo, cortar 2/3 dele, deixando a parte inferior nua,  e colocar em um recipiente com água para que as raízes se desenvolvam.
Regue sempre pela manhã ou final da tarde.
Você pode colocar o dedo na terra ou um palito de picolé para ver se ela está úmida ou seca.

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